quarta-feira, 12 de março de 2014

OS MÁRTIRES DA GRANDE TRIBULAÇÃO

OS MÁRTIRES DA GRANDE TRIBULAÇÃO

Postado por Pr. Elias Ribas em 11 março 2014 às 14:29Enviar mensagem   Exibir blog
“Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram” (Ap 6.9-11).
Estes santos vistos no presente texto são os mártires da “Grande Tribulação”, e sem duvida alguma eles fazem parte dos pregadores do “evangelho do reino” (Mt 24.14), pois a passagem diz que eles deram o seu testemunho.
Estas almas ou espíritos, cujo corpo estão na terra e ainda não foram ressuscitado, são completamente distintos dos mártires que morreram pela fé no tempo de Igreja. Todos os mártires da Igreja nesta altura já foram ressuscitados e arrebatados, são vistos coroados no céu representados pelos vinte quatro anciãos, e estão livres da Grande Tribulação.
Note que eles clamam por vingança (v. 10 -Veja ainda o Salmo 79). Por que isto? Porque o tempo da graça passou e eles oram com o mesmo ardor no juízo de Deus.
Duas coisas ainda devem ser ditas aqui, que mostra a diferença entre estes santos e a Igreja: 1. A igreja é vista coroada (2ª Tm 4.8, Ap 2.10). 2. Estes santos são vistos com palmas em suas mãos (Ap 7.9).
Que o Espírito de Deus continuara operando desde o céu, o que resultará na conversão de muitos judeus e gentios, salvos “através do fogo”. São estes os santos que percorreram o mundo e hão de pregar, não a mensagem do evangelho da graça, mas a mensagem do evangelho do reino (Mt 24.14), que se deferência por ser uma mensagem semelhante à de João batista e da Malaquias (Mt 3.1-10; Ml 3.18; 4.1-6). Todos estes vem a ser mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram. No tocante as vestes brancas que foram dadas a eles. O branco é a aparência característica do céu.
No capítulo 7 do verso 9 ao 14 o apóstolo João descreve uma cena no céu: “Uma grande multidão de pessoas, a qual ninguém podia contar, de todas as nações e tribos, e povos, e línguas” (v. 9). “E um dos anciãos me falou dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram? Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7.13-14).
Esta multidão não é a Igreja, como também os selados não são, pelos seguintes motivos:
1. É um dos anciãos que representam a Igreja que faz a pergunta a João (v. 3).
2. Se fossem a Igreja teriam sido arrebatados antes da Grande Tribulação.
De quem é composta está multidão?
1. De todas as nações que creram pelo trabalho dos 144.000.
2. De muitos crentes que ficaram, mas creram.
Estas pessoas são aqueles que eram amigos do evangelho, mas nunca tomaram uma posição, não aceitaram a Cristo como Seu salvador e não desligaram-se do pecado. Estes são os que vão ficar na terra depois do arrebatamento da Igreja. O onticristo e o falso profeta (Ap 13) que é o ditador do Império Romano ressuscitado, moverá grande e tremenda perseguição contra esta multidão, que terão de enfrentar cara a cara a Satanás e sujeitar-se á decapitação. Muitos com medo da morte negarão outra vez o nome de Jesus e renunciarão á fé, porém muitos, como uma multidão incontável em todo o mundo, voluntariamente, permanecerão fiéis, preferindo morrer pelo testemunho de Jesus.
“Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20.4).
João vê as almas daqueles que foram decapitadas por amor a Cristo e que guardaram Sua Palavra. Mas aqueles que não irão se dobrar perante a Besta, adorar sua imagem e aceitar a sua marca, então serão salvos na Grande tribulação.
Convém lembrar, que nesse tempo, o Espírito Santo não estará mais na terra como agora, quando serve de guarda, de guia, de diretor e “Paracleto” da Igreja (Jo 14.17-26; 16.13-14). Eles terão que enfrentar sozinhos as hostes do mal, com o único desejo de serem salvos.
Note-se a diferença entre os cento e quarenta e quatro mil selados (Ap 7.1-8), e os mártires da Grande Tribulação (v. 9). O primeiro está na terra e estão selados por Deus; o segundo são os gentios, inumeráveis, que completa o número daqueles que “estavam debaixo do altar”, visto por João na abertura do quinto selo, agora tirados da Grande Tribulação, e estão no céu perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos, significando que as pessoas tinham alcançado, não somente a justiça e a pureza, mas também a vitória e gozo; e com palmas nas mãos. Estas palmas simbolizam os mártires. A Igreja representada pelos anciões está coroada, e os fiéis receberam o galardão após o arrebatamento, no Tribunal de Cristo (2ª Co 5.10; Ap 22.12). Mas os mártires receberão palmas que simboliza louvor.
João estava observando aquela cena de adoração e compartilhando daquela magnífica alegria, sem entender perfeitamente a visão: “Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram?” João ficou surpreso, mas respondeu ao ancião: “Senhor tu sabes”. E logo o ancião lhe respondeu: ...”estes os que vêm da Grande Tribulação...”.
Os cento e quarenta e quatro mil de Israel foi dado um sinal na testa para que ficassem isentos dos sofrimentos da Grande Tribulação. Os gentios deixados na terra após o arrebatamento da Igreja, depois de despertados e de reconhecerem Jesus como Seu Senhor e Salvador, foram oferecidos como mártires, sendo decapitados no período DA GRANDE TRIBULAÇÃO. Não “de grande tribulação” ou apenas “de muitas tribulações” (At 14.22), mas “DA GRANDE TRIBULAÇÃO”. Da tribulação sem igual durará três anos e meios (Dn 9.24-27), ou seja, a última metade da septuagésima semana de Daniel. Este é um período de tribulação como nunca houve, nem haverá jamais (Jr 30.4-7; Dn 12.1; Mt 24.21, 22).
O intenso sofrimento na Grande Tribulação não é suficiente para purificar os homens dos seus pecados. Somente o sangue do Cordeiro nos purificará de todo o pecado: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1ª Jo 1.7).
Deus mostra o Seu precioso carinho para as criaturas que lhe são fiéis. Carinho de pai e mãe, que quer bem aos seus filhos (Is 44.15-16). Esta é a grande e sublime promessa que alcançarão todos os vencedores.
Depois do Julgamento das nações se dará na terra a ressurreição dos mártires que foram mortos na Grande Tribulação pelo anticristo. Incluem nesta rubrica todos os crentes, perseguidos e maltratados até a morte por causa da Palavra de Deus e aqueles que não negaram Jesus e que ficaram fiéis ao Senhor testemunhando que eram de Cristo (Ap 20.4-6). Esses mártires reinarão com o Senhor no Milênio.

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